Vivo e dolorido

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  E eu tento mentir-me e falto com a coragem de me ser. Destruo meu jus no próprio destom de não veranear o que digo. Consigo ser meu próprio maluco e transcorrer minha própria beleza sentida no ralo do desassossego do não feito. Desapego de tudo apegando-se na penumbra, no vazio, na solidão que me deixa sorrir a fel da alegria não sentida. A felicidade vive dolorida por criações desnecessárias numa simbiose ímpar do não relevante e do importante. 

  Blindado, desmatado por dentro. Mascarado, desmoronado no peito. Frio, sensível ao vento. Sem sorrisos, mas colorido por sentimentos. Retalhado, mas jamais descompassado. Vivido e dolorido. Mentido e desiludido. Vagando por farsas estatutárias, por veneno antigo, por retrocesso em tempo cronologicamente evolutivo, por nada querendo ser tudo. 

  Uma alusão há ser sabida, uma difusão há desconstrução de correntes pútridas de linhagens de pensamentos murrinhas, um confronto intrínseco por saber nada de si, uma mistificação trabalhada na desilusão querida mas não vivida, uma dor que se vive por apenas viver e dorme por apenas estar fadada à isso. Algo que não sabe nada sobre viver e que “vive” dizendo que vida é x ou y, que desvive e fuzila sua própria essência em repressão social e acha que é vida. Uma dor que cega todos, que vive dos outros, que machuca a si própria e que vive conceituando vida como algo que tem que ter formato. Um nada querendo ser tudo, um natural dito não normal, uma mentira dita verdade e uma revolução intrínseca por querer ser um idiota e viver na “normalidade”.
  
Eu estive esperando por um longo tempo
Esse momento chegar
Estou destinado
A nada... Mesmo.
...
Ninguém pode me tocar agora
Eu não posso voltar atrás
É muito tarde, pronto ou não

Eu estou mais perto que
Eu nunca saberia...
Acorde!
Green Day, Waiting


Esse texto é sobre não ser alienado e querer e não ser. É uma luta interna e externa, uma confusão, uma balbúrdia própria que respinga em tudo. Uma revolução íntima que grita o importante, mas um pingo de querer voltar atrás. É algo que é despertado de dentro, que não tem volta, que só vai... Que acorda.

Faltei-me - Missed me

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Faltei comigo
Me feri
Sozinho
Desgraçado na minha própria
Vergonha

Faltei comigo
Sendo o que me creio
Não ser
Sozinho
Destruindo a construção do meu
Sentido

Faltei comigo
Cuspindo na minha dor própria
Sozinho
Depenando as pétalas do meu
Sentimento

Faltei-me
Exagerando-me
Em nada
Sonhando-me
Em círculos
Vomitando
Na minha própria
Prisão

Queria acreditar
Em anjos
E ser, nada mais
Que um cego
No meu próprio
Vazio

Faltei-me
Exagerando-me
Em nada
Sonhando-me
Em círculos
Vomitando
Na minha própria
Prisão

Queria ser pseudo-amor
Grudado na superfície
Da ilusão
Amando meu próprio
Furacão sem vento

Faltei-me
Exagerando-me
Em nada
Sonhando-me
Em círculos
Vomitando
Na minha própria
Prisão

Queria ser pseudo-tudo
Uma mentira
Tão grande quanto
A humanidade
Unido no mantra
Pútrido de cada dia
E na oração pregada
Em pecados falsos
Em sorrisos macabros

Faltei-me
Exagerando-me
Em nada
Sonhando-me
Em círculos

Queria acreditar
Em dragões
E ser um homem melhor
Que um desejo
No meu próprio
Sentimento

Queria ser pseudo-amor
Grudado na superfície
Da ilusão
Amando meu próprio
Furacão sem vento

Queria ser pseudo-tudo
Um normal
Uma mentira
Tão grande quanto
A humanidade
Unido no mantra
Pútrido de cada dia
E na oração pregada
Em pecados falsos
Em sorrisos macabros

Um mentiroso
Unido com o desimportante
Importante
Por de trás da máscara
Por de trás do dito não feito

Faltei-me
Exagerando-me
Em nada
Sonhando-me
Apenas sonhando
Na consciência da consequência
Fazendo viver

Florescido...
Missed with me
Hurt me
Alone
Wretched in my own
Shame

Missed with me
Being what I believe
Is not be
Alone
Destroying the construction of my
Sense

Missed with me
Spitting in my own pain
Alone
Plucking the petals of my
Feeling

Missed me
Exaggerating me
In nothing
Dreaming me
In circles
Vomiting
In my own
Prison

I wanted to believe
In angels
And be nothing more
That a blind
In my own
Void

Missed me
Exaggerating me
In nothing
Dreaming me
In circles
Vomiting
In my own
Prison

Wanted to be pseudo-love
Stucked to the surface
Of the illusion
Loving my own
Hurricane windless

Missed me
Exaggerating me
In nothing
Dreaming me
In circles
Vomiting
In my own
Prison

I wanted to be pseudo-everything
A lie
As large as
The humanity
Kingdom in the mantra
Putrid of each day
And in prayer preached
In sins false
In smiles macabre

Missed me
Exaggerating me
In nothing
Dreaming me
In circles

I wanted to believe
In dragons
And be a better man
That a wish
In my own
Feeling

Wanted to be pseudo-love
Stucked to the surface
Of the illusion
Loving my own
Hurricane windless

I wanted to be pseudo-everything
A normal
A lie
As large as
The humanity
Kingdom in the mantra
Putrid of each day
And in prayer preached
In sins false
In smiles macabre

A liar
Kingdom with the unimportant
Important
Behind the mask
Behind the said not done

Missed me
Exaggerating me
In nothing
Dreaming me
Just dreaming
In the consciousness of the result
Doing live

Flowered…



Esta poesia musical retrata uma luta interna de alguém que tem tantos sonhos e que sabe que eles não são sadios. Mostra uma ideia de estar preso no seu próprio nada, na sua própria prisão e faltar em se viver de modo consciente e agora, sabendo então que por tudo que está “vivendo” na verdade é o seu “não viver”, até enfim florescer... Desapegar... E também, traz ao longo das linhas sentidos amplos de interpretações como viver cego e não viver, ser normal com o social e não natural, logo um mentiroso vendo o desimportante como importante e vai-e-vem... Muitas coisas :)

Amor é amor

3 Stars
  Amor é amor e não vejo mais nada senão o amor de amar. Amar é deixar-se levar ao amor e não o oficializar com status forçado, o amor é seguro. Deixar-se levar é amar o que natural ir-se-á construído. Natural é deixar ser, deixar estar, deixar amar o amor e disseminá-lo. Amar não é criar, pois é evoluir e evoluir é ter vida. Amor é a vida e viver é amar, por esta, não vejo qualquer outra razão diferente que não me prenda a amar o amor como ele é.

  O amor é amor, imaterial, subjetivo e seguramente abstrato. É onipresente, onisciente, oni-qualquer-coisa. O amor é dor, sentimento e felicidade. Amar não é cultivá-lo, mas sim, disseminá-lo por voltas todas que pudermos nos dar. Amor, não olha a quem, não olha o rótulo do produto ou sua marca, se é fabricado no ocidente ou no oriente, se tem melanina ou não, se é macho ou fêmea, se é rico ou pobre, gordo ou magro; o amor não olha, ele sente e, sentir é inerente ao material, pois é natural.



“Amar deve ser tão natural quanto viver e respirar” 
Madre Teresa de Calcutá

Ser não sendo - Be not being

2 Stars
Adoro esta vida
De ser infeliz
E procurar uma fuga numa luz ordinária
Adoro esta vida
De ser amassado
Por uma realidade cruel que me exige o superficial

Amo esta vida de ser
Ser e não ser nada
De estar e se deixar 
Levar para lugar nenhum

Amo esta dor de sentir
O não sentido na própria pele
Aliás, sentir é mentir
A própria dor
Insignificante

Adoro esta doutrina teatral
De não ser quem sou
E cuspir no não eu
Para ser destinado
No que creiam ser o melhor para mim

Amo esta vida de ser
Ser e não ser nada
De estar e se deixar
Levar para lugar nenhum

Liberdade, natureza
Profundidade, desapego
Respeito e amor
É a única oração
Da divindade não personalizada
E da felicidade jamais contestada

Amo esta vida de ser
Ser e não ser nada
De estar e se deixar
Levar para lugar nenhum

Liberdade, natureza
Profundidade, desapego
Respeito e amor
É a única oração
Da divindade não personalizada
E da felicidade jamais contestada

Amo esta vida de ser
Ser e não ser nada
De estar e se deixar
Levar para lugar nenhum

Ser não sendo
Estar não estando
Florescendo livremente
O sorriso da felicidade
I like this life
Of be unhappy
And look for a leak in ordinary light
I like this life
Of be crushed
By a cruel reality that requires me the superficial 

I love this life of be
Be and don't be anything
Being and let
Carried away to nowhere

Love this pain to feel
The not sensed in their own skin
Moreover, to feel is to lie
The own pain
Insignificant

I like this theatrical doctrine
Not be who I am
And to spit on the not me
To be designed
In believe to be the best for me.

I love this life of be
Be and don't be anything
Being and let
Carried away to nowhere

Freedom, nature
Profundity, detachment
Respect and love
Is the only prayer
Of deity does not personalized
And of the happiness never contested

I love this life of be
Be and don't be anything
Being and let
Carried away to nowhere

Freedom, nature
Profundity, detachment
Respect and love
Is the only prayer
Of deity does not personalized
And of the happiness never contested

I love this life of be
Be and don't be anything
Being and let
Carried away to nowhere

Be not being
Be not being
Blooming freely
The smile of happiness



Essa poesia musical trata de você ser quem é e não ser quem acham que você deveria ser. É sobre florescer e se desprender das ironias da vida que pedem e exijam que você seja de um jeito. É um apelo à felicidade, à liberdade, ao que realmente importa... Gostaria que Lady Gaga cantasse, pois ela realmente faz da felicidade e da liberdade uma oração.

Cego não mais - Blind no more

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Já vi o mundo por vários versos
E sei que este não
Completa o que carrego
Não é contra minha vontade
A felicidade ser inatividade

Caminhei no vento
E soquei o vazio
Não é a felicidade
Que move
É o desejo que espreita
Expectativas e blinda
À existência do que não importa

Vi o mundo por várias dores
Mas não curei
Meus próprios pesares
Que me prendiam nós
Num sentimento de algo maior

Caminhei no vento
E soquei o vazio
Não é a felicidade
Que move
É o desejo que espreita
Expectativas e blinda
À existência do que não importa

Esvaziei a realidade objetiva
Meu querer inexistiu no meu ser

Caminhei no vento
E soquei o vazio
Não é a felicidade
Que move
É o desejo que espreita
Expectativas e blinda
À existência do que não importa

Desfiz as malas da expedição
Da procura do preenchimento
E completei, eu em mim.

Caminhei no vento
E soquei o vazio
Não é a felicidade
Que move
É o desejo que espreita
Expectativas e blinda
À existência do que não importa

Saí da normalidade
E fui
Viver na plenitude
No desencadeio do surreal ao nosso paradigma social
E vi, além da materialidade...

Caminhei no vento
E soquei o vazio
Não é a felicidade
Que move
É o desejo que espreita
Expectativas e blinda
À existência do que não importa

Aprofunde... Aprofundei...
Aprofundado...
Machucado e salvado...
Meu sonho não é nada senão desabrochar
Meu gosto não é nada senão amar

Saí da normalidade
E fui
Viver na plenitude
No desencadeio do surreal ao nosso paradigma social
E vi, além da materialidade...

Aprofunde... Aprofundei...
Aprofundado...
Machucado e salvado...
Meu sonho não é nada senão desabrochar
Meu gosto não é nada senão amar
I've seen the world for several verses
And I know this don't
Complete what I carry
It's not against my will
The happiness be inactivity

I walked in the wind
And punched the void
Is not happiness
That move
Is the desire lurking
Expectations and shields
For the existence of no matter

I saw the world for several pains
But not cured
My own regrets
That arrested me knots
A feeling of something bigger

I walked in the wind
And punched the void
Is not happiness
That move
Is the desire lurking
Expectations and shields
For the existence of no matter

Emptied the objective reality
My wanting not existed to be in my be

I walked in the wind
And punched the void
Is not happiness
That move
Is the desire lurking
Expectations and shields
For the existence of no matter

Unpacked the baggage of the expedition
From search of the filling
And complete me, I in myself.

I walked in the wind
And punched the void
Is not happiness
That move
Is the desire lurking
Expectations and shields
For the existence of no matter


I left the normality
And went
To live in the fullness
In the initiate surreal of our social paradigm
And saw, beyond the materiality...

I walked in the wind
And punched the void
Is not happiness
That move
Is the desire lurking
Expectations and shields
For the existence of no matter

Deepens... I delved...
Deepened...
Bruised and saved...
My dream is nothing but bloom
My taste is nothing but love


I left the normality
And went
To live in the fullness
In the initiate surreal of our social paradigm
And saw, beyond the materiality...

Deepens... I delved...
Deepened...
Bruised and saved...
My dream is nothing but bloom
My taste is nothing but love



Vontade de escrever poesia e deixar levar... 
Queria muito que se tornasse uma música e Florence cantasse