Autodolor

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  Eu tô perdido, em pendências caídas da sutileza profunda de cortes sem sangue, inestancáveis. Eu tô devasto, em mim, incolor no pêndulo do olhar que vagueia no breu da solidão densa sentida. Intrinsecamente corroído por feridas que latejam palavras bem ditas. Príncipe encantado, novo conto desvairado sem norte ou cor, desejo vil, rainha da dor, que me desfaz doido de doído de dor indolor. Inocência, dissabor. Transmuta o meu eu num sussurro sem breu. Diagnostica minha loucura, afaga minha desordem, recupera minhas perdas... Hey moço, quanto custa um ar? Muda-me de lar. Toca-me na van e rejuvenesça a vã alegria do vão do meu coração.  Eu tô cansado, esgotado e sem cor. Luta, relutante, baleado, furado de esperanças ternas em pensamentos vazios. Frio. Sem nada. Inabitável. Abalável. Abismo. Abismal. Silêncio sepulcral. Caí. Caído. Córrego insensível. Estou invisível! Sou um morto, do muito vivo e um sonhador que ainda acredita no amor.




E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados

Paralamas do Sucesso

O que faz eu aqui?

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Me assusta e me encantas
na forma que danças
o doce sabor da tua dor

Prenda-me e leve
em lugar algum
encaixe-se no rum
e descreva teu alvoroço antigo
no tremendo zunzunzum

Hipnotize, faça doer o que te sinta
gaste tuas rimas e dissemine tuas sinas
aliás, o que faz eu aqui
na tremenda dor do seu dissabor

Liberta-me e sinta
A viagem da não melodia
do desgosto sossego da nossa morfina
Aliás, o que faz eu aqui?


É noite!

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  Olhar pro mar me faz pensar... em ti. A brisa vai e vem pro nosso amor se sentir tão bem. E os olhos estrábicos do rosto ossudo não enxergaram o tempo tão rápido que passou, mas sentiram o amor tão forte que perdura. É noite e eu não durmo mais, meu sonho, ó quanta realidade! Tá frio, esquente-me um pouco mais com o abraço da mais pura verdade! É noite e eu não quero acordar dessa imersão de plena sinceridade. É amor, da mais pura bondade e sentimento muito do mais além da normalidade. Que frescor dessa brisa morna de beldade. É noite da mais aconchegante de sensibilidades tocantes. Torpor! Faz calor nesse céu estrelado da tua emoção, ou melhor, quanto sol no aconchego do teu coração.

Muito acima do chão

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Procurava um sopro
De vida
E toque teu calou-me
O alvoroço
Em delírios

Indescritível torpor!
Frenesi, tesão
Beijo e toque
Sabor divino!

Voou dos lençóis
Muito acima do chão
Iluminados, na viagem
Entrelaçados, sem nenhuma escuridão
No mesmo suspiro de excitação
Oh devaneio da paixão!

Nosso amor...

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Vamos pintar essa via!
Colorir outras vidas, de histórias
E largar o florido do nosso devaneio amado
Em canções e poesias que não definam tamanho
Mas que enriqueçam nosso amor
Porque eu te amo,

Meu amor.