Sou...

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  Divido o real do natural, e me apego muito mais ao desconcerto. Dissimulo o contexto abstração tornando a redoma do meu sentimento. E, desfaço-me ao vento, como um sopro ao relento com falta de sossego, um baita de um enfermo. Sou, muito tudo quanto nada. Tão imenso em dor e sentimento que não me atenho a caber somente em mim mesmo.

  Sou um vento no desassossego, uma visão sem fim, um utópico sonhador poeta-ator. Uma questão sem resposta com um amor muito maior que o platônico sabor do sofrimento. Sou-me âmago desconfigurado em afagos bem dados, um carinho muito do bem tratado. Sou um sopro, um beijo amado no seu lábio carnado. Uma dor imensa com seu coração alado. Uma passagem, uma vida em sinceridade. Um não covarde, com um amor de verdade.



…Teu

Imensidão

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A procura da definição
Na mesa da imensidão
Um prato muito mais saboroso do que arroz e feijão

O sim que também é não
Um talvez que é mais inconcreto
O descoberto que não é certo

O fomento e a indecisão
Enticando novo momento de solidão

É muito mais que compreensão
Um abstrato e seu borrão
Uma flor e sua paixão
Um amor e sua vasta
Emoção

Retomada

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E hoje acordei,
simples,
só amando os tristes.

Avistei, um eu,
distante na história
com seus choros na memória.
Tão só, como sempre fora.
Tão criativo, como fez-se atual.

 Um eu, longínquo,
 com porquês partidos e o coração em prantos,
um eu muito do mais insano.

.Abstrato

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Eu gosto do que não tem forma, do que se desenvolve ao longo da história.
Eu gosto do não palpável, do interpretável, pois é tudo inimaginável.
Eu gosto do pincel, da caneta, da lente, dos borros e seus influentes.
Eu gosto do intangível, do valor unificado.
Do que não se pega, mas se imagina.
Do que não se tem, mas se sente.
De todas as vertentes.
Eu gosto do amorfo, do cheiro de mofo e das raridades do tempo.
Mas eu não gosto do vento.
Eu gosto da arte que não faz parte, da criatividade e do seu sacode.
Dos gritos, mas não da morte.
Do novo e sua sorte.
Da rima e seu acorde. Da arte e seu suporte.
Eu gosto é de um recorte, de uma exposição, sem norte.
Eu gosto é da liberdade, da expressão e da profundidade.
Eu gosto da linha, da teia, dos significados.
Do nada muito mais que um caso.
Gosto quando as ideias não vão é pro vaso.
Eu gosto do antiforme, do descalço, e do amor muito mais do que um fato.
Abstrato.
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“Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas. Divido-me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.” Fernando Pessoa

Disritmia

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Cadeiras cheias
Razão vazia
O que se faz
Na tremenda disritmia

Abraço dado
De afago vago
Um doce
Mais do que amargo

Carinho feito
Em no cego
No ego

Uma amargura
Da mais pura desventura

Um vão
Abismal
Na mestragem do rpg
Uma marionete
Que também vê tv

Um conselho
Em segredo
Uma briga
Em mentira
Uma vida
De brinquedo

Te cuido

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  Você desfaz minhas rimas e mima minhas sinas. Desvenda o meu melhor e acoberta minha dor. Faz-me rir sorrisos que destroem quaisquer problemas. Você é tão mágico, tão fantástico. E, ao toque da tua mão já sinto nossa eterna ligação. Você me desfaz, em pedaços, em amor. Você me tem, aqui e agora, e sempre. Quando você me toca eu morro, pouco a pouco por dentro, porque eu sei que é amor. E não há questões para serem respondidas, não há barreiras para o verdadeiro. E os dias passam e eu passarinho, ao teu lado, com a tua mão na minha... Eu te cuido e amo, sempre assim na rima.



Sometimes it seems
That the going is just too rough
And things go wrong no matter what I do
Now and then it seems
That life is just too much
You've got the love I need
To see me through
You’ve got the love, Florence + The Machine