Vibe de fim de ano

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  Mandarei um salve à minha dor, agradecendo-a por estar por perto desta sequência “inacabável” de anos. E ao final, direi que já não me sei finalizar e dar acabamento para o que passou. Aliás, são tantas emoções. E destas tantas, não me desprendo nem um fio do cabelo quando o ano está para se extinguir, pelo contrário, deixo-as cintilarem mais no peito carregado de carência que me tenho.

  Ah, o drama, sim, o próprio. Estou com ele nesses finais quando me lembro das sandices dos choros, dos sonhos, sorrisos e vivências. O tempo passa e distribui suas saudades e despedidas com abraços amigos. O ano cessa com até logos que viram nunca mais por motivos diversos. O fim chega lembrando memórias sensíveis, tão boas quanto ruins de serem vividas e, no final, damos um abraço para recomeçar novos momentos que na verdade não têm fim... Tão fácil sofrer e continuar vivendo, o difícil é guardar as despedidas que vamos colecionando no nosso álbum da vida.



Não adianta. Fim de ano pra mim é sinônimo
de choro com pitadas alegres de boas lembranças. É drama.

O que falo, vivo-e-des-vivo

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  Eu falo-me de dores incessantes, talvez nem me sentidas. De cores sem iguais no fulo peito sonhador, que, podem ser-se até incolor. Falo-me de sentidos que não ignorar me devia, porém não me tenho tanta fidelidade assim. Falo-me de sentimentos que me corroem o âmago despindo sensibilidades diversas, mas nem me são sempre reais para com meu eu praticado.

  Escrevo-me e me encanto com palavras e sentidos meus sonhados. Meu mundo sofre-se somente em si, com todo o sentimento belo que queria ver-se nos demais. E, minhas letras enchem-me de sorrisos e melhoram minha utopia crédula, mas apenas preenchem-se na folha nova sem que se evolua o mundo com seus pesares. E, continuo aqui me sofrendo, vendo-me o raso cuspir no fundo e o fundo esquecer-se que é vivo e precisa sambar.

  Desligo-me da vida, (des)vivo quando os de superfície aflorada vêm querer-me algo. Desfruto-me de mim, do meu refúgio interno e de extrema fidelidade. Ajo profundo, vejo o fundo e, danço com o que está dentro do peito de tantos outros. Simples, sentimental, mas extremamente real.



O real e fiel dormem no peito com suas verdades.
O resto completa aquilo que realmente somos.
Sejamos mais racionalmente sentimentais e nós próprios.

Ao outro, com amor

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“Amar deve ser tão natural quanto viver e respirar.” Madre Teresa de Calcutá

  Escrevi uma carta ao outro e lhe desejei todo o meu amor. Delineei escrevendo o que me sentia de amor ao ser desconhecido que certamente a merecia. E, enviei-lhe a carta sem ao menos saber o destino, mas somente o conteúdo banhado de verdadeiros sentimentos meus e de mim. Guardei-me o que me fora melhor por cada linha bem elaborada, fisguei-me fiel ao fio pensante do amor incessante. Fora-me natural dizer belezocas a quem era igual, porém, singularmente desconhecido. Meu amor foi normal, de igual para qualquer. Meu sentimento foi real, de linhas em letras. Meu tratamento foi indiferente, de ser por amigo. Nada mudou, aliás, era apenas mais um que deveria receber o mesmo tratamento.

  Amei-me meu próximo como amei os entes e como me amei. O amor é compartilhamento do bem tratar e é essencial para tudo. Todos necessitam dele e, assim, dispo-me do meu. Dou-lhe ao outro, sem aguardar a resposta e apenas esperando o bem alheio, pois é uma necessidade dele e o que me faz bem. Ao outro, sempre, com amor.



“Tudo o que a sua mão encontrar para fazer,
faça-o com todo o seu coração.
Ame o próximo como a ti mesmo” Jesus

Tentei curar

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  Abriguei-me todos os corações no afago de carícias minhas. Senti-me as dores penderem dos peitos e cativarem mais o que me mantinha atento. Mas, de ti, nada tive. Procurei-me suas emoções e sua dor, tentei carregar-te no colo e banhar teu seio com amor, mas sempre em seu tratar, encontrava fumaça ao invés do olhar. Tu fugiste, mas eu tentei curar.




É duro ir atrás de quem não quer melhorar

Forever you

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  E quando imagino-te, imagino-me em mim, em nós, em tudo. Drenando dores nem sentidas e chorando lágrimas nem doídas, mas apenas nesta sentimental onipresença. E quando penso-te não me consigo colocar-te noutro lugar senão no íntimo, na dor, no amor... Estranho querer sofrer com quem deseja, mas nem toda dor dói de jeito pesante. Doentio, mas verdadeiro amor é quando irmos queremos no local mais fundo do peito, para viver, para amar, para se eternizar... Mas quando não se é ido, nada haverá, ou evoluirá; será tudo raso, tudo tão pouco, tudo com sentidos contáveis numa mão, tudo tão limitado. Apenas frágil.

  Quando sinto-te é quando choro-me na imensidão de dramas que me tenho; no meu veneno controlado e auto voltado aos atos que me sofro; e nas minhas sinas de carente e querências de carinho. Quando anseio-te é quando estou só, ou pensante de pesares fulos ou de felicidade plena. Quando beijo-te é no imaginar de um ser perfeito, é no meu inconsciente mais racional, é na minha vontade mais viral de ti.

  E quando falo-me do que esperançoso é ao âmago, não existe quando, nem tempo, nem nada. Existe o perpétuo, o complemento completo e as caricias mais doídas e mais apaziguadoras possíveis num toque simplório e profundo. Quando falo-me existe tu, eu, nós e o meu para sempre preenchido... Apenas existe.



“Drain the pressure from the swelling,
This sensation's overwhelming,
Give me a long kiss goodnight and everything will be alright
Tell me that I won't feel a thing
So give me novacaine (your love)”
Give me novacaine, Green Day