O que falo, vivo-e-des-vivo

  Eu falo-me de dores incessantes, talvez nem me sentidas. De cores sem iguais no fulo peito sonhador, que, podem ser-se até incolor. Falo-me de sentidos que não ignorar me devia, porém não me tenho tanta fidelidade assim. Falo-me de sentimentos que me corroem o âmago despindo sensibilidades diversas, mas nem me são sempre reais para com meu eu praticado.

  Escrevo-me e me encanto com palavras e sentidos meus sonhados. Meu mundo sofre-se somente em si, com todo o sentimento belo que queria ver-se nos demais. E, minhas letras enchem-me de sorrisos e melhoram minha utopia crédula, mas apenas preenchem-se na folha nova sem que se evolua o mundo com seus pesares. E, continuo aqui me sofrendo, vendo-me o raso cuspir no fundo e o fundo esquecer-se que é vivo e precisa sambar.

  Desligo-me da vida, (des)vivo quando os de superfície aflorada vêm querer-me algo. Desfruto-me de mim, do meu refúgio interno e de extrema fidelidade. Ajo profundo, vejo o fundo e, danço com o que está dentro do peito de tantos outros. Simples, sentimental, mas extremamente real.



O real e fiel dormem no peito com suas verdades.
O resto completa aquilo que realmente somos.
Sejamos mais racionalmente sentimentais e nós próprios.

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