O Boneco vive

  O Pinóquio de carne na fantasia da realidade com o coração na decadência do sorriso da maioridade. As histórias heroicas de heróis movidas em farsas na cidadela mágica dos contos reais, o mundo feito a sal e sol e a visão acobertada por aquilo que decidimos ver. O boneco entorna, destorce e quebra, mas vive... A mentira da submissão da irresponsabilidade que brinca de casinha. O boneco cresce, na realidade de sonhos perdidos e de frustração ser vida. O boneco desenvolve-se, na ideia que cuidar é impor o que se quer e fazer o que se bem entende no momento em que quiser. O boneco sente, pois sabe da sua vida de marionete que se corrompe ao contente sorriso que nada lhe acalenta. O boneco espera, blefando sensações que nem suas são por causa do dono que o controla e não o cuida... O boneco também vive e, em algum momento ele se vai... Sorridente e incandescente, fugindo da estante, deixando a gaiola vazia e um adeus à porta.




E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu (ou ouviu)
Na sua estante, Pitty

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