Chegou, conversou, conquistou e
abalou. Fiquei-me sem ar e norte, sem eira nem beira. Carente, te senti em mim
como um novo horizonte que resolvia a equação da minha dor. Sofri calado no
sufocamento que me dei deixando-te sem ar, pois já não me sentia há muito tempo
algo diferente da tristeza pesada de sentimentos não correspondidos ou
destruídos por outrem. Quis sorrir e...
Sorri-me ao ver-te no encalço que
me desestruturou o rumo do andar em círculos. Já não me sabia mais o que era
sentir-se bem, e logo, seu horizonte corou meu peito já fadigado. Doeram-me
dores de amar e de dúvidas, mas tudo se fez harmônico para que em tão pouco
tempo eu houvesse envolvido, balançado e aberto para a chegada do teu “eu”. Este
“eu” que me começara a vir à tona dentro das coisas vividas por detrás de
nossos papos. Conhecer-te mais me fez dor: de amar e de ser feliz. Trouxe-me um
novo horizonte de possibilidades, uma nova dor e um novo querer. Um horizonte
chamado você.
“Liberdade de voar num
horizonte qualquer,
liberdade de pousar onde o coração quiser”
Cecília Meireles
Só isso que quero
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário, obrigado por sua presença!