Esperei... E criei o tipo ideal
que queria a mim. Especulei expectativas fictícias que te trancafiavam no que
me almejava por junto. Desenvolvi a perfeição dos fatos ou do sentimento que
preponderava a minha realidade, sonhando-me cada vez mais com algo abstrato que
queria que me fosse concreto, realmente tocável. Dei-me, então, de ombros com
imperfeições tornando-te o esmo necessário para as engrenagens de um singelo e bonito
ato de sorrir do meu dia a dia.
Mas, logo mudou. Depositei-te por
inteiro uma dor que não podes carregar. Sonhei transformando-te no ideal que só
via a mim, mas te excluía os princípios de também ser alguém de escolhas e
sentimentos. Esperei demais algo que não me podes dar.
Minha expectativa tornou-se
decepção, pois o que já tinha e tenho para ser oferecido sobrepõe à realidade
do sentido e mergulha-se profundamente no íntimo, assim, meu vazio é impreenchível.
E, o que espero sempre se fez uma utopia que me trouxe sorriso por junto duma
incerteza que se desenvolve após em dor. Todavia, o que fiz e o que faço é
apenas ser eu, doído e de profundos sentimentos que não cabem em braços, mas
sim, num peito.
Contudo, aprendi que esperar e
desejar demais pode criar-nos uma decepção (nem tudo é como queremos). O ideal
é deixar-nos viver e nos entregarmos aos poucos, intimamente preenchendo-se...
Esperar muito de alguém
pode nos decepcionar,
mas pior que se
decepcionar é não aprender e não tentar viver
outras expectativas que
nos tragam esperanças do amor.
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