E quando
imagino-te, imagino-me em mim, em nós, em tudo. Drenando dores nem
sentidas e chorando lágrimas nem doídas, mas apenas nesta
sentimental onipresença. E quando penso-te não me consigo
colocar-te noutro lugar senão no íntimo, na dor, no amor...
Estranho querer sofrer com quem deseja, mas nem toda dor dói de
jeito pesante. Doentio, mas verdadeiro amor é quando irmos queremos
no local mais fundo do peito, para viver, para amar, para se
eternizar... Mas quando não se é ido, nada haverá, ou evoluirá;
será tudo raso, tudo tão pouco, tudo com sentidos contáveis numa
mão, tudo tão limitado. Apenas frágil.
Quando
sinto-te é quando choro-me na imensidão de dramas que me tenho; no
meu veneno controlado e auto voltado aos atos que me sofro; e nas
minhas sinas de carente e querências de carinho. Quando anseio-te é
quando estou só, ou pensante de pesares fulos ou de felicidade
plena. Quando beijo-te é no imaginar de um ser perfeito, é no meu
inconsciente mais racional, é na minha vontade mais viral de ti.
E quando
falo-me do que esperançoso é ao âmago, não existe quando, nem
tempo, nem nada. Existe o perpétuo, o complemento completo e as
caricias mais doídas e mais apaziguadoras possíveis num toque
simplório e profundo. Quando falo-me existe tu, eu, nós e o meu
para sempre preenchido... Apenas existe.
“Drain
the pressure from the swelling,
This
sensation's overwhelming,
Give me a
long kiss goodnight and everything will be alright
Tell me
that I won't feel a thing
So give me
novacaine (your love)”
Give me novacaine, Green Day
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